• Independência é a real cultura!

Olá Reggaenautas,

Nesse final de semana, o Portal Surforeggae postou uma entrevista com o Antropólogo e Baterista do Ponto de Equilíbrio, Lucas Kastrup, onde ele fala abertamente sobre temas que normalmente as bandas não gostam de comentar. Mais uma vez a sinceridade impera e percebe-se o introsamento entre os integrantes.

Destaco suas declarações sobre a volta da independência da banda. Tema tão preconizado pelo Sessão Reggae, Lucas exemplifica bem esse assunto, com a própria experiência que tiveram.

Seguem alguns trexos da entrevista:

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[Surforeggae] - Como vocês julgam o amadurecimento da banda dos primeiros dias até hoje? O que mudou de lá pra cá? Houve algo que mudaram no decorrer e voltaram ou voltariam atrás?


[Lucas Kastrup] - Tudo faz parte da caminhada. Estamos felizes com o atual momento artístico da banda. Gostamos de subir no palco juntos para tocar nossas músicas. Tudo o que passamos faz parte do amadurecimento e queremos ir mais além, no amadurecimento do bom reggae rastafari com alegria. O que queremos deixar claro ao público é que não mudaremos nossa direção.

[Surforeggae] - Vocês pregam bastante a questão do Rastafari em suas letras. Vocês se consideram rastas? Se sim, o que é ser um rasta pra vocês?

[Lucas Kastrup] - Sim. Acreditamos que essa força rege o nosso trabalho. Para nós Rastafari é o cristão original, que busca o contato com a natureza e os ancestrais. Uma das traduções da palavra é "RAS"cabeça e "TAFARI" Criador. Então, independente de uma representação física, estamos ligados à Inteligância Universal: a Cabeça do Criador.

[Surforeggae] - Como está indo o disco novo? Existe alguma música que a banda tem como grande aposta nele? Assim como foi com "Aonde Vai Chegar (Coisa Feia)"?

[Lucas Kastrup] - Acho que não é um disco de "uma música". Estamos lançando o clipe de "Stay Alive" e colocando "Malandragem às Avessas" nas rádios. Depois delas tem "O que eu vejo", hoje tão cantada quanto "Aonde vai chegar?(coisa feia)", também tem "Santa Kaya", "Novo Dia", "Odisséia", "Hipócritas" e segue o disco...

(Sessão Reggae comenta sobre isso no post "Ponto de Equilíbrio - Álbum "Dia Após Dia Lutando" | Humilde opinião")

Ouça "Santa Kaya":



[Surforeggae] - O Ponto de Equilíbrio é considerado um dos maiores nomes do Reggae nacional da atualidade. Existem bandas já em ascenção ou desconhecidas que vocês vêem com grande potencial de alcançar maiores públicos? Quais?

[Lucas Kastrup] -
Gosto muito de bandas que pararam de tocar ou estão voltando aos poucos como a Unidade Punho Forte (Niterói), os Filhos da Luz (Rio de Janeiro), nas suas várias formações. Também admiro o trabalho da banda Aliança (Niterói), Vibrações, acho que de Maceió, entre outras.

[Surforeggae] - Inicialmente vocês eram independentes e alcançaram grande êxito com o primeiro disco. Logo depois veio um CD com uma grande gravadora. Houve alguma imposição na forma como deveria ser o som da banda nessa oportunidade? Alguns fãs se queixaram de que a banda não é mais a mesma, o que vocês poderiam comentar disso?

[Lucas Kastrup] - Experimentamos a gravadora visando ter nossos discos vendidos em maior número de lojas, estar com nossos clipes em mais programas de TV, etc. Não deu muito certo porque muitas vezes a mentalidade deles é padronizar tudo, não estão abertos ao diferente, ao novo. As gravadoras estão em baixa, a internet agora é o principal meio. Queremos que comprem nosso disco pela arte e por tudo, mas não nos incomodamos com quem pega pela internet. Faz parte do nosso tempo e sendo assim optamos por voltar a total independência, gostamos de dar opinião em tudo: música, arte, clipe e não precisamos de alguém querendo nos moldar ao que definitivamente não somos.

Leia a entrevista na íntegra no Surforeggae.

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Paz de Jah!

Abraços,
Fábio Judah
Sessão Reggae - Independência é a real cultura!

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